8 de set. de 2008

MARICI BROSS - IN MEMORIAN



O Mar de Tuas Mãos

Marici Bross



O mar avança
suavemente, sobre a areia
E você suavemente
sobre meu corpo

Corpo que exala paixão
E de tuas mãos, ávidas
carinhosas a me percorrer

A lua continua linda,
Não ofereço resistência
mas estremeço a teu toque

Mãos que afagam
num frenesi ardente
levando-me a explosão
total de sentimentos

Marici Bross

24/04/02


Loucura

(Marici Bross)

Deste amor gostoso
nascem, em mim,
poemas e flores

Onde sou a terra fértil
e depositas teu grão
Para que germine

Mas que loucura, é esta,
Que me desequilibra,
E tira meus pés do chão

Que loucura gostosa
É está que me transporta
as nuvens
que tira, meus pés
do chão.

Que loucura,
gostosa é esta
Que me leva
Ao teu coração.


Marici Bross.

14/05/02.


Ir, voar, levitar.

Marici Bross


Neste levitar de emoções
Levo minha alma as alturas
Vôo como a águia sem rumo
Num torvelinho de emoções

Um voar leve,
Quase um planar de emoções
Um ir, um voar, um levitar

Estou flutuando
Como a brisa que chega
E invade meu corpo

Vou neste infinito
Sem saber aonde chegar
Não importa.
As emoções chegam
Se instalam
E enchem minha alma de amor.

E assim chego a você.
Onde encontro meu porto seguro
Para minhas asas repousar.
Bendito seja,
Meu Pai de Amor.

MARICI BROSS

EUDÁLIA A.


RETALHOS DE UMA VIDA INTEIRA...


Nossa vida seja sim,
como pequenos retalhos//
Que aos poucos vamos juntando
com pequenos pontos de alinhavo//
Sejam retalhos de alegria,
outros de lembranças do passado//
E nesses alinhavos vamos juntando nossas lenbranças,
que um dia foram tão importantes pra nós//
Muitas vezes deixamos escapar os pontos do alinhavo,
mas com jeitinho podemos sempre retomá-los...
Voltemos aos nossos momentos vividos, recortados,
aos nossos retalhos de uma vida inteira//
Vida que vivemos e que nem sempre damos o valor que deveriamos ter dado//
E assim vamos fazendo nossa colcha de retalhos: A nossa vida!
Sejam retalhos sim,
mas que pelo menos sejam retalhos de cetim...

Eudalia A.
29/02/2008

ANA MÜLLER



OPOSTOS

Anna Müller

Bastam poucas palavras vindas de ti
para que a alegria teime em regressar.
É uma sensação estranha que nunca senti,
ter de lutar entre o partir e o ficar.

Um lado de mim insiste vigoroso na partida,
o outro, crê na tolerância e teima e implora
que não chegue jamais o momento da despedida,
e que a vida, sentencie o momento de ir embora.

Lados opostos degladiam-se num imenso conflito.
A realidade do lado de fora, açoita sem piedade,
A fantasia refletida, a mostrar um lado bonito
teimando em dizer que existe sim, a felicidade.

E dia-a-dia, a vida transtorna e maltrata...
e seu reflexo, desconhece a razão e emoção;
vida essa, que dá e tira de maneira ingrata,
e o faz-de-conta segue preenchendo o coração.

O lado de fora não teme em perder o pouco que tem,
mas o reflexo, teme abrir mão de um grande amor.
A razão diz que a solidão não maltrata ninguém,
a emoção, afirma que ela só traz amargura e dor.

Dói tanto na carne essa realidade injusta e cruel;
Arranca sem dó, todos os sonhos, toda a esperança.
Transforma os caminhos da vida carregados em fel,
restando ainda o sono, e nele, voltar a ser criança.

E sonhar e sonhar no reflexo dessa imaginação
que não venha mais o doloroso e frio despertar...
Que eu viva no paralelo, reflexo da minha razão,
a ter que voltar a realidade e abrir mão de amar.

ANNA MÜLLER

LULI COUTINHO



Bailarina Encantada


E como um cisne bailava...
Imagens formadas na mente
E em meio à luz que iluminava
Rodopiou célere com seu amante.

Imaginados traços naquele salão
O doce par em valsa, os abraços...
Sentindo os pés saírem do chão
Os rodopios, a menina, os laços.

Lembrou-se da Primavera...
Das flores e daquela espera
A rosa enfeitando os cabelos
A quimera, o amor, os apelos.

Dançou, bailou como nunca!
Cantaram sua alma os bandolins
Lembrou-se dos beijos na nuca
Viu-se ao redor de querubins.

Sentiu-se a estrela iluminada
A bailarina do amor encantada
Dançou rodopiou, enfim chorou!
Embriagada, de repente acordou!


27/04/08

LuliCoutinho


www.lulicoutinho.prosaeverso.net

VYRENA


Vyrena


Sou Antonia Nery Vanti (Vyrena/Aneryv), nascida 16 de fevereiro em Santiago R/S. Há 27 anos residindo em Porto Alegre. Graduada e Letras, professora apoesentada. Casada, um casal de filhos e um de netos ( os melhores presentes que recebi de Deus)
Romântica e sonhadora, comecei, mesmo, a escrever, quando descobri a internet. Sendo um pouco tímida e retraída, é em frente à telinha, que deixo vazar meus sentimentos. Atulamente possuo dois sites, http://br.geocities.com/aneryv/index.html completo e
http://br.geocities.com/vyrenainventandosonhos, em andamento , feitos por mim, depois de fazer o cursinho no grupo FrontPage.
"Não me considero poeta, apenas descrevo sonhos e fantasias acumulados na alma e, que de repente, como lava de um vulcão, emergem das profundezas para o papel."
Um pensamento:" Os sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente" (Vyrena)



Vem, amor

Antonia Nery Vanti (Vyrena)

Vem amor,
vamos bailar
pelos jardins e pelos prados.
Sentir o perfume das flores
e o cheiro do capim molhado.
Vem, vamos sonhar abraçados,
os corações num ritmo alucinado.
Quero dançar, quero te beijar
e te amar até dia raiar!

Sente no ar a melodia,
faze-me flutuar em nuvens cor de rosa,
meus sentidos anestesia
nessa áurea fantasia voluptuosa
que a meus anseios sacia.

Vyrena





Retalhos da vida




Antonia Nery Vanti (vyrena)




Revirando meus guardados

No baú da saudade...

Encontrei ... meio mofados...

Retalhos de minha vida:

Restos de felicidade...

Partículas de antigos amores

Que ali permaneciam esquecidos...

Perdidos... já fora da realidade!

Entre as páginas amareladas

Do romance preferido...

um amor perfeito amassado...

Quiçá...presente de um namorado!

O sabor de um beijo roubado

Num retrato que foi tirado

Num cantinho do jardim ...

Onde as borboletas curiosas espiavam...

Escondendo-se entre os jasmins

Entre todas essas lembranças

Encontrei até mesmo

O sufoco do abraço apertado

E o sabor salgado das lágrimas

Que rolavam nas despedidas

E encharcavam o lenço bordado

Com que... disfarçadamente

as enxugava!

Com o coração apertado...

Despedi-me da juventude

Que bem longe ficou

Perdida no passado!