16 de mai. de 2007

Repúdio!





Repúdio...

No tempo em curso
há irmãos que caminham pari-passo conosco,
perdidos...
Crianças conosco se chocando
nas esquinas da vida,
a procura de um naco de pão
uma ajuda um abrigo!
Velhos que morrem em filas
e filas de novos homens á procura
de sustentação!
No tempo que corre
rumo a consumação
os sentimentos vivem perdidos,
escondidos em cantos obscuros do coração!
As mãos já não estão estendidas...
Os abraços veem-se recolhidos...
Temos medo até da própria sombra,
e assombra-nos cada pessoa estranha
que nosso olhar espreita nas esquinas... A nos espreitar!
È tudo répudio e abandono!
Estamos sozinhos,
cercados por solidão por todos os lados...
Somos homens feito ilhas...
Cercados por outros homens ilhados!
Quero abandonar meus medos, minhas sismas...
Abrir sorrisos a todos os passantes
que passam comigo esta vida!
Mas estão tão a flor da pele meus medos...
Que só faço chorar!
Estão tão á flor da pele minhas sismas que só faço sismar!
E recolho meus braços, recolho meus sorrisos...
Que passo a repudiar meus sonhos...
Mas meus sonhos não querem se calar...
Repudiemos tanta solidão,
todo o medo!
Abramos o coração,
escancaremos a alma,com calma,
com amor á vida!
E esperança!
Repudiemos as mordaças,
as correntes, os medos e desesperanças...
Para que assim tenhamos futuro...
E possamos dá-lo pros nossos velhos, antes que morram,
pros nossos jovens antes que virem bandidos,
pras nossas crianças, nossos filhos, antes que virem orfãos
ou nos semáforos, mendingos!

Edvaldo Rosa
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13/05/2007

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